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Registro de autoridade

Ângelo Jordão de Vasconcelos Filho

  • Pessoa

Em 1920, foi promotor público da comarca de Glória do Goitá, assumindo a função de juiz municipal da comarca de Timbaúba em 1926. A partir daí, atuou como magistrado em diversas comarcas, tais como Salgueiro, Afogados da Ingazeira e Água Preta. Nomeado desembargador do Tribunal de Justiça de Pernambuco em 1958, assumiu a presidência do Tribunal Regional Eleitoral de Pernambuco de 1962 a 1964. Foi presidente do Tribunal de Justiça de Pernambuco em 1966. São de sua autoria os títulos: “O Uso indevido do título de Desembargador” e “A Situação jurídica das testemunhas dos processos crimes desaforados”. Fonte: https://www.tjpe.jus.br/web/tribunal-de-justica/galeria-de-presidentes

Helena Caúla Reis

  • Pessoa
  • 1940-2022

Helena Caúla Reis nasceu em 1940, no Ceará, e chegou ao Recife aos 12 anos. Ela iniciou a carreira no sistema público do estado em fevereiro de 1959, antes da formação na área jurídica. Ingressou no TJPE como datilógrafa aos 18 anos e, no mesmo ano, foi aprovada no concurso público para o cargo de oficial judiciário do tribunal. Formada em odontologia e direito pela Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), com mestrado e doutorado em direito, atuou no Instituto de Criminalística até 1974, quando ingressou como promotora no MPPE. Em 1993, foi promovida à procuradora de Justiça. Helena Caúla Reis também foi, durante 35 anos, professora da UFPE nas áreas de direito, odontologia e farmácia. Em 13 de agosto de 2001, marcou a história pernambucana ao ser a primeira mulher a ocupar o cargo de desembargadora do TJPE. Ela aposentou-se do cargo em 2010. Fonte:https://g1.globo.com/pe/pernambuco/noticia/2022/01/23/morre-helena-caula-reis-primeira-desembargadora-do-tjpe.ghtml

Miguel Arraes de Alencar

  • Pessoa
  • 1916-2005

Miguel Arraes de Alencar nasceu em Araripe, no Ceará, em 15 de dezembro de 1916, filho de um pequeno comerciante e agricultor, José Almino de Alencar e Silva e Maria Beningna Arraes de Alencar.

Após concluir o curso secundário no município cearense do Crato, em 1932, mudou-se para o Rio de Janeiro, então Distrito Federal, indo morar na casa de um tio. No ano seguinte, iniciou o curso de Direito. Em 1933, sem recursos para pagar os estudos, voltou para a capital pernambucana, ingressando na Faculdade de Direito do Recife, formando-se em 1937.

É aprovado em concurso para o Instituto do Açúcar e do Álcool (IAA), que viria representar um papel importante em sua vida e, a partir de 1943, exerceria as funções de delegado do Instituto, por quatro anos.

Por meio desse Órgão, tornou-se amigo e admirador de Barbosa Lima Sobrinho, ex-governador de Pernambuco e ex-presidente da Associação Brasileira de Imprensa. E, pela natureza dos serviços que prestava, transformou-se num grande defensor dos trabalhadores da “palha de cana” do Estado. Foi ainda o IAA que lhe permitiu conhecer bem o poder de influência da aristocracia canavieira pernambucana, possibilitando utilizá-la como aliada em momentos de sua carreira política.

No governo de Barbosa Lima Sobrinho, assumiu, em 1947, a Secretaria da Fazenda do Estado. Em outubro de 1950, concorreria a uma vaga na Assembléia Legislativa de Pernambuco, pelo Partido Social Democrático (PSD), ficando com a primeira suplência. E, em 1954, seria eleito deputado estadual pelo Partido Social Trabalhista (PST).

Em 1955, o candidato de Arraes ao governo estadual, João Cleofas de Oliveira, é derrotado pelo general Cordeiro de Farias, fazendo com que ele passasse a fazer parte da bancada de oposição na Assembléia. No mesmo ano, apóia Pelópidas da Silveira, que vence as eleições para a Prefeitura do Recife, e dá suporte, com o deputado Francisco Julião, à recém-criada Sociedade Agrícola e Pecuária de Pernambuco, que seria o embrião da Ligas Camponesas no Estado.

Na campanha para o governo do Estado, em 1958, teve uma atuação fundamental para a vitória de Cid Sampaio, que representou a primeira derrota majoritária do PSD em Pernambuco desde 1945, fim do Estado Novo. Curiosamente, contudo, Arraes perde a reeleição para a Assembléia Legislativa.

Em 1959, assume novamente a Secretaria da Fazenda e, em agosto, é eleito para a Prefeitura do Recife, assumindo o cargo de Prefeito em dezembro. Sua gestão é marcada pela ampliação do sistema de abastecimento de água e energia elétrica, urbanização de bairros, pavimentação e iluminação de expressivo número de ruas e inauguração da rede de ônibus elétricos da capital.

Em 1960, rompe com Cid Sampaio, que apoiava a candidatura de Jânio Quadros à Presidência da República, enquanto o candidato de Arraes era Henrique Teixeira Lott. Com a renúncia de Jânio, em 1961, defendeu a posse do vice-presidente João Goulart, não desejada pelos militares. Neste ano, morreria a sua primeira mulher, Célia de Souza Leão, com quem teve oito filhos: Ana Lúcia, José Almino, Guel, Carlos Augusto, Maurício, Marcos, Luís Cláudio e Carmem Silvia. Arraes voltaria a se casar, nessa mesma época, com Maria Madalena Fiúza. Tiveram dois filhos (Pedro e Mariana) e viveram juntos até a sua morte.

Derrotando os candidatos Armando Monteiro Filho e João Cleofas, Miguel Arraes conquistou, em 1962, o Governo do Estado de Pernambuco, assumindo o cargo em janeiro de 1963. No início da administração, firma um pacto inédito com usineiros, garantindo benefícios para os trabalhadores da cana-de-açúcar, inclusive o pagamento de salário mínimo, angariando o apoio de movimentos sociais e, em contrapartida, a desconfiança dos setores conservadores.

O golpe militar de 1964 depôs o presidente João Goulart no dia 31 de março. Um dia depois, tropas do Exército cercaram o Palácio do Campo das Princesas. Como Arraes recusa a proposta de renúncia, é deposto e preso. Foi levado para o 14º Regimento de Infantaria, no Recife e, posteriormente, para Fernando de Noronha, onde permaneceu até dezembro. Ao retornar, ficou preso na Companhia de Guarda da Capital, sendo transferido para a Fortaleza de Santa Cruz, em Niterói, no Estado do Rio.

Por força de habeas corpus concedido pelo Supremo Tribunal Federal, Arraes é solto em 21 de abril de 1965. Foram impetrantes do habeas corpus, que recebeu o nº 42.108, Heráclito Fontoura Sobral Pinto e Antônio de Brito Alves, e teve como relator o Ministro Evandro Lins e Silva. Anteriormente à decisão unânime do STF, proferida a 19 de abril, Arraes tivera negados, por duas vezes, requerimentos formulados a órgãos da Justiça Militar, visando a cessação do constrangimento ilegal a que estava sendo submetido.

Mas, devido a um manifesto com críticas formuladas aos inquéritos policias-militares do regime, é enquadrado na Lei de Segurança Nacional, no dia 20 de maio. Sob ameaça de nova prisão, consegue asilo na Embaixada da Argélia, em 24 de maio, e viaja para Argel no dia 16 de junho. Nessa época, é implantado o bipartidarismo no Brasil, passando a existir como partidos políticos apenas a Aliança Renovadora Nacional (Arena) e Movimento Democrático Brasileiro (MDB). Arraes declara-se adepto do MDB, de oposição ao governo militar. A sua volta ao Brasil ocorreu em 15 de setembro de 1979, após 14 anos de exílio, tendo sido beneficiado pela Lei de Anistia, sancionada em 28 de agosto.

Em 1982, é eleito deputado federal por Pernambuco, com 191.471 votos, um recorde em pleitos proporcionais no Estado. Em 1984, apoiou a candidatura de Tancredo Neves, na escolha indireta para a Presidência da República.

Com mais de 500 mil votos sobre o candidato José Múcio Monteiro, Miguel Arraes obtém, em 1986, o seu segundo mandato de governador de Pernambuco. Cumprindo uma promessa de campanha, volta pela porta da frente do Palácio do Campo das Princesas, em alusão a sua deposição pelos militares, em meio a uma grande festa popular realizada em 15 de março de 1987. Nessa gestão mantém a aproximação com o homem do campo e excluídos de forma geral. Lança programas sociais de impacto, como o “Chapéu de Palha” (consistia na contratação de canavieiros, para trabalhar em pequenas obras públicas, visando amenizar os períodos de entressafra da cana-de-açúcar, quando grande número de trabalhadores fica sem renda), e a “Água na Roça”, que bancava motobombas para irrigação. Nesse período é implantado um grande programa de eletrificação de pequenas propriedades.

Em fevereiro de 1990, sai do PMDB, filiando-se ao Partido Socialista Brasileiro (PSB). Em março, renuncia ao mandato de governador e candidata-se a deputado federal, obtendo 339.197 votos, sendo, proporcionalmente, a maior votação de um deputado no País. Em 1992, assume a presidência nacional do PSB.

Ao vencer no primeiro turno das eleições de 1994, com 54,12% dos votos, Arraes governaria Pernambuco pela terceira vez, tendo assumido o cargo em 1º de janeiro de 1995. Esta gestão seria marcada por denúncias de emissão irregular de precatórios, operação que se constitui na emissão de títulos públicos para pagamento de dívidas judiciais. Respaldado por uma lei estadual, que autorizava o pagamento de salários de funcionários, obras e outros encargos públicos, com os recursos provenientes dos precatórios, o governo emitiu 408 mil títulos e arrecadou R$ 402 milhões.

A operação financeira acabou ficando conhecida como o “escândalo dos precatórios” e influenciou diretamente na disputa para o governo do Estado em 1998, sendo fartamente explorada pela coligação de partidos políticos que apoiava Jarbas Vasconcelos. Arraes sofreria, então, a sua maior derrota político eleitoral, perdendo a eleição com uma diferença superior a um milhão de votos.

Em 2002, é eleito pela terceira vez deputado federal e, em 2003, pela sexta vez consecutiva, é reconduzido à presidência do PSB.

No dia 13 de agosto de 2005, 58 dias após o seu internamento no Hospital Esperança, Miguel Arraes faleceu de choque séptico causado por infecção generalizada.

Encerrava-se um ciclo da política nacional, representado por mais de cinquenta anos de vida pública, direcionada para a defesa das classes menos favorecidas da população. Era chamado pela massa dos trabalhadores rurais de Pai Arraia. Os camponeses o viam como o “pai dos pobres”, alguém que reconhecia os seus direitos e sabia promover acordos que revertiam na melhoria de vida da população.

Com a morte do homem, fica o mito que entra para a história da política brasileira.

Recife, 30 de agosto de 2005.

Gaspar, Lúcia. Miguel Arraes de Alencar. In: Pesquisa Escolar. Recife: Fundação Joaquim Nabuco, 2005. Disponível em: https://pesquisaescolar.fundaj.gov.br/pt-br/artigo/miguel-arraes-de-alencar/. Acesso em: 2 ago. 2022.

Magui Lins Azevedo

  • Pessoa

Primeira mulher nomeada para a judicatura em Pernambuco, em 1966. Aprovada no concurso, iniciou seus trabalhos como juíza pioneira na comarca de São José da Coroa Grande. Em seguida passou pelas comarcas de Joaquim Nabuco, Jaboatão e Olinda. Durante 22 anos foi a única juíza do Estado de Pernambuco. No dia 29 de abril de 2002, um novo momento histórico para o Judiciário, foi promovida a desembargadora pelo Tribunal de Justiça de Pernambuco. A primeira juíza e primeira desembargadora de carreira encerrou seus 38 anos de serviços prestados à Justiça pernambucana integrando a 3ª Câmara Criminal. Fonte: https://www.facebook.com/amepeassociacao/photos/a.950914378394849/1587479441405003/?type=3

Adalgisa Rodrigues Cavalcanti

  • Pessoa
  • 1907-1998

Adalgisa Rodrigues Cavalcanti foi a primeira Deputada Estadual de Pernambuco. Filha de pequenos proprietários de terra, mudou-se para o Recife em sua adolescência, onde trabalhou como doméstica e depois como vendedora. Apoiou o movimento da Aliança Liberal em 1930, foi presa pela primeira vez em 1936 – ao longo de sua vida política, foi presa mais de 20 vezes. Filiou-se ao Partido Comunista Brasileiro, em 1945, e se candidatou à Assembleia Legislativa de Pernambuco na eleição de dezembro do mesmo ano, quando foi eleita. Perdeu seu mandato já em 1947, quando o Supremo Tribunal Federal decidiu cassar o registro do PCB. Adalgisa morreu em 26 de abril de 1998, em Recife, e teve seu corpo velado na Assembleia Legislativa de Pernambuco.

Érika Ferraz

  • Pessoa

Advogada atuante nas áreas de Direito Civil, Empresarial (Comercial) / com foco nas áreas de Contratos Internacionais , Direito de Família e sucessões. No ano de 2015 foi nomeada Desembargadora Eleitoral do Tribunal Regional Eleitoral de Pernambuco para o biênio de 2015 a 2017 e depois foi reconduzida para o mesmo cargo para o biênio de 2017 a 2019.
Também foi nomeada Ouvidora do Tribunal Regional Eleitoral de Pernambuco do ano de 2017-2019.
Em 2020 foi nomeada como Vice-Presidente do Instituto dos Advogados de Pernambuco (IAP).
Fonte: https://ferrazfriedheim.adv.br/advogados/erika-ferraz/

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